quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Unidades de ensino que aderiram o Projeto Escola Legal se reúnem

Comitês de mediação de conflitos atuam com voluntários em escolas localizadas em áreas de vulnerabilidade

Secretaria Executiva de Educação, Tribunal de Justiça de Pernambuco e Faculdade Metropolitana se uniram para implantar o Projeto Escola Legal em cinco escolas municipais com o objetivo de melhorar o ambiente escolar, buscando diminuir os conflitos existentes. Na manhã do dia 12 de dezembro, na Faculdade Metropolitana, membros do comitê atuante nas unidades de ensino, que é formado por professores, gestores, pais e estudantes de direito, e a juíza da 2ª vara da infância e do adolescente, Sônia Stanford, se reuniram para avaliar o trabalho que vem sendo desenvolvido.
A sociedade está vivendo uma realidade de violência nas escolas, seja entre alunos e professores ou entre colegas; o tráfico de drogas invadiu o espaço educacional; os pais muitas vezes se fazem ausentes, e a função do educador ultrapassar as barreiras da prática pedagógica, dribla os conflitos e tenta formar cidadãos. De acordo com a juíza, Sônia Stanford, é necessário unir forças para solucionar a problemática. “Estamos trabalhando a base do futuro da nossa sociedade. O comitê é os olhos da justiça na escola. A Secretaria de Educação vem fazendo um trabalho muito bom também, que é a retirada de bares e barracas do entorno das escolas”, afirmou.

Na Escola Natividade Saldanha o comitê viabilizou palestras para diminuir as agressões. Para a gestora, Vanessa Samara, o projeto apresentou resultados. “Percebemos que os xingamentos e as agressões diminuíram muito depois do trabalho desenvolvido. Está sendo muito bom”, disse. Em outras situações os estudantes de direito orientam as gestoras qual medida tomar, como é o caso de uma unidade de ensino, cuja aluna de 9 anos foi induzida por traficantes a entrar com drogas na escola e o traficante ficou do lado de fora vigiando. Os estagiários não devem enfrentar situações de risco, no entanto através de contato telefônico guiam as gestoras, que nesse caso entrou em contato com a polícia.
O projeto visa ampliar parcerias e buscar os órgãos responsáveis de acordo com a situação, como Policia Militar e Conselhos Tutelares. O estudante de direito, Cleiton Pereira da Silva, que acompanha a Escola Luiz Lua Gonzaga, fez uma breve explanação do que foi feito. “Procuramos analisar cada aluno dependendo da situação, olhamos o boletim e chamamos os pais para conversar. Tentamos fazer uma parceria com as famílias”, ressaltou. A sexualidade precoce também é uma realidade que preocupa os educadores, tanto pela exploração sexual como pela gravidez na adolescência, palestras e conversas são realizadas para que as crianças compreendam e se conscientizem.

Por Bruna Borges

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